quarta-feira, dezembro 06, 2006
Divulgação 3


Ora bem, portanto estamos mais uma vez de acordo! Não tenho público alvo!
Mas o pessoal divulgador tem. Eu acho têm que ter, por questão de sobrevivência, para saberem para quem trabalham (vide comentário do pst anterior). Aliás, foi-me perguntado directamente pela editora, quando ouviu algumas temas,se eu queria passar na rádio e vender discos(??), ao que eu respondi que sim!
Queria puxar para aqui um sentimento (feeling em cámone) que tenho acerca de certo pessoal: são quem produz, quem traz o dinheiro para casa, mas como não têm tempo para mais nada, são os últimos da cadeia consumista. Eu explico: havendo só guito para 12 cds ano (ena!) lá em casa, se ele ou ela ganharem um, nem que seja a meias, já gozam! Para quê mais se não têm tempo para ouvir? Perceberam onde pode estar um pouco do nosso problema aqui escondido?É no não têm tempo!
Não tendo tempo, porque não podem, não ouvem, não compram,e por isso não contam.
Mesmo que queiram, mesmo se gostam, os sacrifícios para manter a casa e os filhos, e o que precisam exigem esta entrega. Podem dizer que não, e tal, somos livres..os pobres não são livres, porque não se podem dar a esse luxo. Aqui chegámos ao ponto onde posso afirmar que somos pobres, apesar sermos europeus e de haver muito dinheiro a voar por aqui, porque não podemos escolher.
Também podemos pensar que devíamos ter cuidado com algumas situações antes de chegarmos aqui, mas aí vem a educação: como está desvalorizada, o pessoal pensa que não serve para nada, e depois é tarde demais.
Tudo isto para dizer que assim muitas pessoas interessantes, para as quais seria bom haver uma musiquinha que gostassem e qualquer coisa fixe para gozarem no fim-de-semana, ficam fora da carroça, tendo o pessoal divulgador que se concentrar e contentar com os tais publicos que compram alguma coisa, neste caso os filhos! Aí entram os tais produtos feitos á medida, como as novelas, quando acaba uma já lá tá outra, é sempre a aviar.
Pormenor exemplificativo de que ter pouco dinheiro, na Alemanha, não quer dizer ser pobre: O Alex Frazão contou-me que lá, onde tem tocado com a Maria João, além de os concertos estarem cheios,as pessoas que vão ter com ele para cumprimentar e felicitar são canalizadores, professores, operários, o dito público em geral, que vai ver porque quer e pode! E de certeza que aquele não é o único concerto disponível naquela noite naquela cidade. Por cá parece que este pessoal fica limitado á floribela...
 
Escrito por tim, às 8:48 da tarde | Permalink |


12 Comentários:


  • At 9:56 da tarde, Anonymous Anónimo

    boas noites

    oh tim, digam-me se eu estiver enganado mas acho k para uma banda ou artista ter direito a ser falado na tv ou tem k ter uma musica numa novela ou ter saído mesmo duma novela! acho k tirando a rtp a sic e a tvi é k estragaram a musica nacional com dzrt's e floribellas k para mim sao tudo menos musica!!!

    onde ta o espirito k tu falavas na tv dum grupo de amigos se juntarem ao final de uma tarde ou a um sabado para tocarem??
    as bandas k se vêem agora sao bandas em k os membros k as constituem so se conhecem depois do casting feito pela tv (neste caso refiro-me a dzrt e 4taste)
    eu so oiço musica portuguesa muito graças aos xutos, a ti a solo, aos gnr, ao rui veloso, ao palma e aos ja extintos censurados!!
    ca em casa chamam-me desactualizado por muitas vezes por o cd dos 'filhos da madrugada' a tocar

    bem tim
    desculpa se me alonguei muito
    abraço para ti
    e se nao fosses tu e mais os restantes xutos a nossa musica seria muito + pobre!!
    http://www.fotolog.com/gritosmudos

     
  • At 10:52 da tarde, Anonymous Anónimo

    Desculpa, Tim, mas essa do não têm tempo é uma grande treta! Não têm tempo para ouvir um disco ou ir a um concerto, mas perdem horas a ver as telenovelas todas e a passear nos centros comerciais...

    Eu estou a trabalhar no computador neste momento enquanto ouço a Antena 2 (tinha-me esquecido de referir essa preciosidade que é a Antena 2), quando vou no carro também não prescindo da música. Isto é possível em muitas outras situações, basta querer... e gostar mesmo de música.

     
  • At 11:46 da tarde, Blogger heidy

    Tim,aqui falas de situações diferentes. Não é somente uma questão de tempo. Trata-se sim, de falta de dinheiro na grande maioria das vezes. Eu tenho de fazer escolhas. Se pudesse ir a tudo o que gosto, iria à falência. Acabava por ir pedir para a porta do metro no fim de cada mês. As coisas estão caras, quando comparado com o que ganhamos. Na Alemanha, inglaterra, e por aí fora as coisas são diferentes. Existem apoios. Salário condignos. Motivação. Etc.

     
  • At 12:38 da manhã, Anonymous Anónimo

    Silvia, Por acaso ouves a antena 3 à noite?
    é que a antena3 passa as playlist ate +- s 21h mas se há programas de qualidade são os ditos de autor que passam durante a noite Destaco o portugalia do Henrique Amaro(venias a quem continua o trabalho em prol da musica feita em Portugal) e o Indiegente do Nuno Calado que passa a outra bandas em que falaste num dos teus ultimos posts São excepções À regra de muito mas muito valor

    Concordo c a heídy É mais falta de dinheiro do que de tempo ... está mau amigos

     
  • At 1:35 da manhã, Anonymous Anónimo

    escuteirinha, é mais falta de formação do que de dinheiro... é uma questão de escolhas e o conceito de pobreza é muito relativo...
    facto é que, ainda existem condições de vida miseráveis, mas por outro esta sociedade precisa evoluir a muitos níveis.
    Portugal é um país de povo "chupista" que nunca soube aproveitar o que lhe foi e é dado. refiro-me, por ex.,a fundos europeus cujo mau/não investimento real é reflectido numa série de problemas da actualidade - por ex., desemprego.
    Portugal nunca soube valorizar o que tem... e o que teve... faz uma restrospectiva ecológica-humana e histórica, considerando nossa sociedade e percebes bem o que estou a dizer...
    no que respeita à educação, a sua função é, neste momento, dúbia... instituição de formação? sim! transformada em depósito? outro sim... no entanto, (re)educação de quem? de uma sociedade? sem dúvida! da sociedade que estamos a gerar? outro sem dúvida, mas com que princípios?
    muito há a dizer sobre o assunto...
    a escola tem definidas as competencias essencias de uma sociedade que pretende, mas o seu défice prende-se a uma questão estrutural que necessita, urgentemente, ser revista...
    e quanto à comunicação social: se, por um lado "manipula" uma sociedade, por outro é a ela que quer agradar. depois falamos melhor sobre este assunto, pois muito, muito ... muito há a dizer...
    bjs
    marta

     
  • At 1:37 da manhã, Blogger Mustek

    :o!!! Uma semana sem por aqui os pes e isto transforma-se num chat!!???
    que debate, mas que debate!!! ora bem, a minha posição está algures espalhada entre um e outro comentário (tinha que vir a piada). Tambem sou da opiniao que nao ha publico alvo. Mas pode-se tentar difundir por intremedio das idades mais novas. talvez esteja a ser muito repetitivo ao salientar o que já é mais que sabido que a música portuguesa é muito desvalorizada. Bem sucedidos são os Pimbas, bandas de novelas e pouco mais. Mas de certeza de que aquilo que agora é o mais novo e "fixe, pah, ganda som!!" daqui a um ano está mais que ultrapassado (pelas razões já ditas nas respostas anteriores, consumo imediato, auto-consomem-se, etc, etc. Se formos buscar um exemplo muito proximo, nos xutos, a maria que é uma música que é mais velha do que eu (sim, tambem tenho 17 anos!) e que ainda hoje é um sucesso e que (teve uma nova explosão, um novo grande empurrão desde o dvd dos XXV anos com a bela da introdução do zé pedro, verdade seja dita) com a idade que tem não parece um som minimamente "velho" no sentido real da palavra. Hoje em dia há muita produção, mas também há muita gente a não saber fazer música. e é essa a diferença, que dzrt's e floribelas dentro de 5 anos (secalhar nem tanto, ja estou a ser muito generoso) ja n se ouvem falar, enquanto que ha musicos como xutos, jorge palma, rui veloso, uhf, vitorino, peste e sida (entre muitos outros) que tornaram alguns dos seus temas, sem exagero, míticos! Acerca dos músicos irem atrás da comercialização (pegando numa resposta ao debate 2) é uma triste verdade. Até as bandas já feitas que já nao têm nada a provar a ninguem seguem esse caminho (se não vejam um bom exemplo: o reininho teve de ir buscar um cover brasileiro para voltar a passar na radio..) Na minha opinião mais vale as grandes bandas permanecerem iguais a si mesmas, não se submeter a exigencias ignorantes de uma sociadade consumista, continuarem em frente, remando contra a maré, o que tão bem caracterizou algumas dessas bandas ...(engraçado como a Xyklet dos Taxi estava tão a frente da epoca.. hj nota-se mais do que nunca como eles tinham razão). Quanto aos xutos fazerem sombra ao tim a solo, consigo fazer a proeza de concordar e não concordar. Concordo porque toda a gente sabe quem é o tim - o vocalista dos xutos e pontapés, para muita gente que gosta de xutos mas que nao são seguidores atentos, chega a ser mesmo o unico dos nomes que conhecem. Mas tim a solo também não é novidade, e entre os seus trabalhos paralelos (Resistencia, Rio Grande,que foram sempre bem sucedidos) e o Olhos Meus ( "que tem aquela música do astronauta!!") também já não passa despercebido - as pessoas ja sabem ao que vão à partida e já conquistou respeito e consideraçao do publico. O Um e o Outro precisou mesmo foi de mais divulgação, que tal como ja foi dito, o publico menos atento não sabe das actuações, porque o album está muito bom. Confesso que quando fui ver o 2º dia da estreia a almada fiquei boquiaberto, conseguiste mesmo surpreender-me, não sei do que eu estava a espera mas nao era daquilo de certeza! Há a questão do dinheiro, mas se forem a ver, o tempo que as pessoas têm de descanso, preferem passar em casa a ver tv. Sejamos realistas - é muito mais prático que fazer nem que seja uns 15 km de carro ou transportes para ir ver um espectáculo seja de que género for. A lua disse e com toda a razão que o ouvido também se educa, e pode passar mesmo por aí - o pessoal mais novo sai das aulas (ou não) e está em casa sem nada para fazer, e o que faz? , está no pc e nunca perde os seus programas favoritos na tv. E como nos programas ditos "educativos" so passam essa coisa a que chamam música, sempre igual, é claro que começam a criar padrões diferentes no que diz respeito a musica, só ouvem pimbalhada, comercial e hip hop, logo tudo o que venha a mais do que isso é estranho, não interessa, não presta e deita fora. Então já se chegou a conclusão que com a falta de tempo, dinheiro e disposiçao dos pais, tem que se começar pela juventude que é a que tem de facto mais tempo livre (ao contrario do que se alega muitas vezes para justificar a falta dos tpc's...), e se já sabemos que não podemos fiar-nos nos meios de comunicação – até as radios que tem uma grelha mais apresentavel so a passam a horas a que ninguem as ouve- a noite os ouvintes sao muito reduzidos (hora das novelas ..) e toda a gente sabe que a hora a que se ouve masi radio e a hora de ponta da manha. Sabendo tudo isto. O que nos resta? É aquilo que já se vai fazendo notar a falta nos nossos musicos - a vontade incondicional de tocar independentemente das condições, do cache, da produção de palco. Os próprios xutos começaram sem grandes condições e vingaram e são o que são hoje. E por isso acho que se apostasse num maior número de espectáculos pequenos, e não só em grandes palcos, e mais perto do publico - do mesmo genero de iniciativa do que foi na Dolce Vitta (que com mta pena minha nao pude ir). Levar a conhecer o trabalho ao maximo de lugares possivel que seria uma divulgação muito mais completa! E seria completada com a mais eficiente das publicidades – a de boca a boca! Porque agora, uma pessoa ja nao compra o disco para conhecer porque nao vai gastar dinheiro numa coisa na qual nao sabe o que esperar - saca - e depois ja nao vai estar a comprar, se pode passar para cd, e tem um album ao preço de um cd virgem. Uma pessoa compra o cd se o quiser de verdade. Falta de dinheiro nao é uma desculpa credivel, porque ha muita miseria mas anda tudo com grandes carros, a tunificar os carros, a torrar os subsidios em prendinhas inuteis para o natal, ve-se pessoas que dizem nao ter dinheiro para comer a vestir-se de marcas caras. Por isso sou da opinião que cabe ao músico (e equipa de produção) fazer com que o público queira comprar o cd (há muitos métodos, entre complementos que vêm nas caixas originais, faixas escondidas que nao se consegue passar para cd's piratas, alias, a semelhança da telecaster). E dizia eu que entrar pelos jovens podia ser um meio - os dzr't n esgotaram o atlantico apenas com jovens ignaros(as) musicais - a grande maioria tinha pelo menos mais uma pessoa mais velha a acompanhar.. Penso que não é preciso dizer mais nada em relaçao a isto. Pelo menos por agora.
    Grande debate, sim senhor, grande tim pah!!


    um abraço

    Mustek

     
  • At 3:27 da manhã, Anonymous Anónimo

    Escuteirinha:
    Deixei de ouvir a Antena 3 à noite precisamente quando o Henrique Amaro saiu de lá e a programação começou a ficar algo estranha. Fico contente por ele ter regressado e, nesse caso, vou tentar apanhar o novo programa dele. Eu sou fã de programas de autor (desde que tenham qualidade, obviamente!).
    Lembro-me que há uns anos o programa que ele tinha com o Zé Pedro era a minha "missa dominical". Se estivesse em casa, não o perdia. Com excepção da Rádio Universitária do Minho, duvido que algum outro programa de rádio em Portugal tenha passado Spiritualized. Eles passaram, assim como muitas outras bandas de que eu nunca tinha ouvido falar. Formavam uma bela dupla.

     
  • At 6:47 da manhã, Anonymous Anónimo

    Não tenho ouvido radio ultimamente porque os programas que eu ouço dão em horas de aulas, mas continuo a insistir que pelo que tu falas gostas com certeza da programação da 3 das 21h as 0h
    (se conhecesses minimamente o trabalho do Calado vias como estas errada)

     
  • At 11:47 da manhã, Blogger heidy

    :) Li algures numa revista psicologia, que existe uma musica designada de "comichão", ou seja, ouve-se...ouve-se ouve-se e cansamo-nos dela. Eu tenho uma teoria, que tem vingado ao longo dos anos, que se chama a lei do mais forte. lol Que significa? dou o ex, que todos conhecemos -XUTOS-. Comecei a ouvir, quando tinha 11 anos. Na altura era designada de rock punk e tal, os velhotes andavam de cabelos em pé (semén... mãe), e não era moda, de forma alguma. Era "musica marginal". O que é certo é que vingaram. Isso também aconteve com musicas de outros grupos que já não existem, mas dos quais, todos guardamos recordações. Actualmente, todos assistimos nas nossas tvs ao lançamento e relançamento de musicos, que chegam à fama rápidamente, mas... passados meses, ninguém se lembra deles.

    Quanto ao dinheiro vs tempo. Bem, acontece comigo! E olhem, que eu só me sento a ver novelas quando quero adormecer. lol Mas também não podemos ser péssimistas. As coisas estão muito mais acessiveis, do que há alguns anos atrás. Esta também é uma grande verdade.

     
  • At 4:43 da tarde, Anonymous Anónimo

    Boa tarde Tim.

    De seis em seis meses, aparece na Internet um debate que me desafia a participar. Realmente, já passaram seis meses desde o último em que participei.

    Se o faço é prescindindo do meu tempo, esse tempo de que se fala e que também não tenho. O meu despertador toca todos os dias às 5 da manhã e raramente chego a casa antes das 23. Mas quando digo que não tenho tempo, refiro-me ao alimentar da minha paixão que se traduz numa ida ao cinema; ou ao desafio que me coloca cada convite para ir jantar com um amigo. É para essas pequenas, mas tão importantes, que eu não tenho tempo.

    Já para ouvir música, sinceramnete, existe sempre tempo. Se não podemos ouvir música no trabalho, podemos ouvir nas longas horas de trânsito ou nos suados bancos dos cacilheiros e dos autocarros. Para a música deve existir sempre tempo.

    Pertenço a uma geração que andava com um rádio de pilhas colado ao ouvido. Uma geração que deixava de almoçar para poder comprar as cassetes dos Ramones e dos Mata-Ratos, na esperança que a fita não se enrolasse sobre si mesma desenhando cornucópias que anunciavam o fim da canção. E nessa altura havia tempo...

    Eram anos em que Portugal parava quando dava o Festival da Eurovisão ou quando a voz do Eládio se escandalizava com o decote da apresentadora italiana que lhe fazia companhia nos Jogos Sem Fronteiras. Só tinhamos dois canais, não existiam telemoveis, e o futebol não era transmitido na televisão. O som tinha então um valor enorme: o de Mensageiro.

    A Candy explicou muito bem como se processa hoje em dia a escolha da playlist que ouvimos na TSF. Mas essa rádio pertence a um gigante privado que não precisa prestar contas como um serviço público e ainda assim, com as noticias, é serviço publico aquilo que ela faz.
    Mas falou-se das antenas que sejam uma, duas ou muitas, são geridas com dinheiros públicos e pagas por nós. Essas nem se preocupam com a música portuguesa nem se preocupam em informar. Qua haja então quem o faça.

    Há uns anos trabalhei como animador numa rádio que se chamava Super-FM. Um sonho que tomou forma no Barreiro e que conseguiu alcançar as torres das Amoreiras dando destaque ao rock, às bandas portuguesas e, pasme-se, aos projectos de garagem que populavam na margem sul. Como é que acabou? Simples. Nem foi por pouca audiência nem por falta de tempo. Acabou porque um brasileiro de apelido Lima adquiriu os direitos da rádio e transformou o sonho num pesadelo chamado Romântica FM. Uma espécie de Big Show Sic na rádio...

    Mas a malta não baixou os braços e continuou a remar. Tiraram-nos a rádio onde existia "Merda na Madrugada" e muita música portuguesa durante o dia, mas não nos usurparam a vontade de... divulgar. E (rimas fora) era aqui que queria chegar.

    Todos somos ou podemos ser divulgadores da musica portuguesa. Nas conversas que temos, nas janelas que abrimos ou nas t-shirts que usamos.

    Dou aulas em 5 Universidades deste pais mas continuo a ser um promotor da música com que a Super-FM sonhava. Como dou aulas de Web Design, Flash Design, Video Digital e Web Jornalismo, os exercicios são essencialmente práticos e nunca em silêncio. Enquanto experimentam as novas ferramentas, os alunos ouvem Xutos, Tim, Palma, Táxi, Herois do Mar...

    Quando estão sem saber o que fazer, "Tu Ai" é a solução; quando se frustam com o que acabaram de aprender, arriscam dar um novo mergulho no mar; e quando ficam receosos do que os espera cá fora, saco do teu CD... e convido-os a "Voar".

    No dia seguinte, quando me dizem "olha Vitor, já comprei aquele CD", percebo que nada é mais simples. Sem querer, todos podemos ser promotores e divulgadores da música que gostamos. O segredo é simples: se gostamos, há sempre tempo. E se ouvimos, há sempre quem nos oiça a nós.

    Um abraço,

     
  • At 10:24 da tarde, Anonymous Anónimo

    No meio deste debate não poderá deixar de ser citado,o caso daqueles a quem é vetado o acesso à cultura(e é mais um tópico a adicionar ao tema da educação)...Crianças que vivem em meios pequenos,suburbanos - o que em Portugal ainda significa,subsistir numa realidade à parte,quase num terceiro mundo - cujo único avizinhamento à cultura,será através da escola (quando a frequentam)...que advêm de um círculo vicioso,porque com as gerações anteriores também assim o foi...cujo único ensejo de presenciarem um concerto,uma peça de teatro,visitar um museu,de contrapor outra realidade,será através das visitas de estudo...e dos incessantes conflitos entre professores e entidades responsáveis (Câmaras,Juntas de freguesia,etc...que preferem ceder os recursos para outros propósitos...) para que assim o seja...e mais uma batalha seja triunfada...e mais um pedacinho de cultura seja experimentado e absorvido...mas depois,alguém -citemos como exemplo a senhora do ministério da educação - sentencia que afinal todo o empenho e brio são nulos,perdas de tempo,e as referidas visitas de estudo,em nada contribuem para a educação e formação destes meninos...sucede assim mais uma geração limitada à Floribela,simplesmente porque não há mais nada...

     
  • At 11:06 da tarde, Anonymous Anónimo

    É mais facil por os jovens a ver as telenovelas e as suas musicas do que os por a ver um bocado o canal Mezzo ou assistir a concertos diversos..Os pais agradecem porque os petizes estao calados e quietos a olhar para a caixa com imagens..
    Eu tive a sorte de a minha primeira cassete ser o 7º Single dos Xutos e Pontapes..Ja assisti a varios tipos de musica e continuo a ir a qualquer um sem qualquer problema...Penso que qualquer pessoa que queira assistir a um concerto o consegue fazer, simplesmente muitas vezes, estao "num circulo vicioso", em que vao atrás dos que os outros ouvem, entre outras coisas e nao por questoes de dinheiro..As vezes usam o dinheiro noutras porcarias..

    Existem cds que estao excelentes, so que devido á massiva divulgaçao de bandas de caracter duvidoso mas que devido á apariçao em programas para a juventude, vendem imenso e enchem concertos..Fica a pergunta: e dentro de 2 anos, ainda serao conheçidos?

    Outro exemplo (agora em jeito de brincadeira como é obvio) é marcarem concertos na altura das frequencias..É que algo me diz que quando quiser ir ver o Tim a Santarem vou ter que estar a estudar..E a culpa nao é minha!!