Acabei o tema e fiz o arranjo para fado, com um espaço para guitarrada e tudo.
Gravei a música com uma voz guia plana, e no sítio do solo entrou uma viola a tocar a melodia. Foi essa versão que eu levei para o Paulo Junqueiro da EMI ouvir.
Marcámos encontro no antigo Tchatchatcha, a primeira versão (caseira) dos estudios do Ramón Galarza, ali num 7º andar e Miraflores, Algés. O Paulo estava a trabalhar as cassetes do Variações que iria dar aos Humanos! Ouvimos o tema, ele gostou e disse que o mandava para a Mariza (estava na Holanda pela altura). Assim ficou entregue o fado (quem quiser ouvir esta versão, avise).
Quando vinha sair do prédio cruzei-me com o núcleo sulista dos Humanos (Rafael, Sérginho e Cardoso), e pareceram-me um bocado misteriosos, Mal sabiam eles que eu já tinha ouvido alguma coisita, e já sabia do projecto!
Bom, passado pouco tempo, o Paulo Junqueiro liga-me para me dizer que a Mariza já tinha ouvido o tema e tinha gostado muito! Fiquei um bocado nervoso, então, pois sabia que daí até à gravação muita coisa podia acontecer...
Terás então sido dos primeiros a saber da existência desse projecto dos Humanos (que na minha opinião foi dos melhores que a música portuguesa teve nos últimos, a par d'alguns em que tu entraste, como Resistência e Rio Grande).
Por acaso é engraçado teres colocado aqui a maneira mais ou menos detalhada como fizeste a música. Dá para ver que foi um processo muito pensado e elaborado, seguindo um método. Isso por vezes não é assim tão fácil de encontrar por aqui, excepto nos grandes nomes da nossa praça (vá lá, até te incluis neste lotee:P ). Mas também, compor um fado para a Marisa não é propriamente fazer uma música punk! eheh
Curtia muito ouvir essa versão do Fado do Encontro, Tim. Como a podes disponibilizar?
Um abraço e vemo-nos no Rock in Rio (não sei se a nossa amiga vaquinha lá estará, mas pelo menos virá a amiga porta-chaves!:) lolol)
Tommy_Gun #xutos